A nossa maior particularidade foi ter mudado de país com um bebê, na época com 5 meses.
Mesmo que tenhamos estudado muito sobre a vida de um imigrante com filhos pequenos, ainda fomos pegos de surpresa quando chegamos aqui.
O Reino Unido é um lugar FANTÁSTICO para crianças! E este foi um dos motivos que nos trouxe até aqui.

Há muitos parquinhos (muitos MESMO!), salas de brincadeiras (playrooms), aulas variadas – yoga, natação, música, massagem – com preços bem acessíveis – em torno de £7 a hora – e a vida para uma criança aqui é realmente um mar de rosas.
Já para os pais…
Sem os avós por perto, como era no Brasil, precisamos contar (e confiar!) com as escolas. E, por conta disso, muitas crianças têm rotina de adulto por aqui – sair cedo e voltar tarde.
No Reino Unido a escola só é gratuita a partir dos 2 anos. E mesmo assim apenas 15 horas semanais. O que fazer, então? Pagar. E pagar caro.

Em nossas procuras achamos as seguintes opções:
- Nanny. Babás qualificadas que ficam com seu filho na sua casa. Cobram, em média, £11 a hora. Multiplica isso num mês!
- Childminder. Pessoas qualificadas que ficam com seu filho na casa dela. Cada childminder pode cuidar de até 9 crianças em sua casa (com auxílio de ajudante) por períodos que começam 7.30AM e podem se estender até 7PM. Esta é uma opção bem popular por aqui. Para ser childminder você precisa ser habilitada para isso. Portanto, há um controle por parte do governo. O que faz que haja qualidade. O preço é por volta de £8 a hora.
- Nursery . Escolas de educação infantil que recebem crianças até 5 anos. São muitas, muitas, muitas nurseries pelos bairros que oferecem diversas opções para as crianças (próximas à ideia de educação infantil particular do Brasil). Muitos desses espaços trabalham com o método montessoriano. Além disso, há uma regra: para cada 3 alunos é preciso uma professora. Isso faz com que as mensalidades sejam altas. Não encontramos nenhuma nursery que cobrasse menos de £1,300.
- Um dos pais ficar em casa com o bebê. Esta ainda é a opção mais barata para MUITAS famílias. Pensando que o salário mínimo aqui é £1,200, um dos salários dos pais ficaria para a escola. Por este motivo, muitas mães não trabalham. Não trabalham porque simplesmente não compensa.
Dentre essas opções, e depois de estudar todos os detalhes, optamos por uma childminder. A Jackie. Ela é uma inglesa carinhosa, com um sotaque daqueles!, e super disponível. Como ela mora bem pertinho de casa, tudo encaixou.

Ela fica com a Liv algumas horas por dia. Brinca, dá comida, frutas, troca… E o mais legal: frequenta os community centres da região com a bebê. Esse ponto gostamos muito já que é uma grande oportunidade para nossa filha socializar com outros bebês.
Para encontrar uma childminder próxima à você, procure no site do council do seu bairro, por exemplo:
http://fis.wandsworth.gov.uk/kb5/wandsworth/fsd/family.page?familychannel=2260
E há ainda um site que reune algumas opções de educação para crianças pequenas:
(Também tem app pra Apple!)
Saber onde e com quem deixaríamos um bebê tão pequeno foi o ponto que mais pesou em nossa vinda para cá. Pagar tanto por educação é algo que exige maturidade, lucidez e reflexão.
Há um projeto que entrará em vigor em Setembro de 2017 ampliando ~ em alguns casos ~ para 30h semanais gratuita a oferta para educação de crianças pequenas. Precisamos descobrir quem serão os elegíveis.
Enquanto isso, pagaremos, ainda, mais dois anos e pouco de escola para a pequena…
Para saber mais:
As horas já foram alteradas Camila? Vou tem mandar muitas perguntas rsrs
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Infelizmente ainda não. Sábado estava numa mostra de fotografia onde ministravam já em 1870 cuidadores de crianças para que os pais pudessem trabalhar – estou escrevendo um post sobre isso.
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