Vivíamos em uma cidade onde o carro significava muita coisa além de um meio de transporte: era isso também, mas era status, posição, conforto, “investimento”.
Embora fosse realmente muito bom ter um carro para livrar um corpo cansado depois de um dia de trabalho (especialmente para uma gravidíssima feito eu), nunca nos identificamos, em São Paulo, com esse ‘way of life’ frenético paulistano. Nesse ponto, mais uma vez, nos identificamos com Londres.
A verdade é que o transporte público aqui FUNCIONA. Funciona a um alto preço (mas no Brasil também não?). É verdade, também, que os gastos com transporte significam bastante coisa na planilha de gastos de uma família.
Quando estamos num ponto de ônibus, há um apelo visual gigantesco: totem com a direção (algo como sentido bairro/centro); letreiro com os números das linhas e nomes dos principais pontos; letreiro atualizando o horário que o ônibus vai passar; e pôsteres com os caminhos dos ônibus noturnos disponíveis naquela região.
Quando você entra no ônibus e após validar seu Oyster para aquela viagem, passa a escutar o nome do destino final e o nome dos pontos que se aproximam. Além de ser uma baita mão na roda, você ainda tem a chance de treinar seu acento britânico.
Você nunca mais falará “park”, “court” and “bank” do mesmo jeito…
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